terça-feira, 2 de agosto de 2011

Recesso criativo

Salve, adoráveis leitores. Vosso Humilde Blogueiro vem cá dizer que está de saco cheio de redigir postagens para postar num blog às moscas tal qual esse; pudera, ainda mais em um período onde minha criatividade anda mais infértil e minha capacidade de redação, irregular, desnivelada se mostrou inepta até para escrever um esboço superficial sobre a relação rudimentar do livre-arbítrio humano com a física quântica e (uns breves comentários en passant acerca do determinismo).

Vou refletir um pouco mais, não dar maior relevância a algo de pouca significação como este blog, e decidir se ele continua vivo ou não. Sei que será indiferente à humanidade, para meus adoráveis leitores e talvez para a altivez do ego de Vosso Humilde Blogueiro.

sábado, 16 de julho de 2011

Propósitos

A imagem mais impactante que apareceu quando eu joguei
"propósito" no Google images
Uma palavra que se é de fácil pronunciação, mas de difícil realização. 

Sim, não é fácil encontrarmos propósitos em meio às nossas vida, uma razão que nos reja e que torne cada ato único e verdadeiramente especial. Por várias e várias vezes, caímos inconscientemente no ciclo existencial da mesmice e perdemos a função regente, se é que há. Talvez a questão central humana seja o viver ou não viver por viver assim tão simplísticamente.

A vida talvez seja apenas um palco para trabalharmos de maneira indireta nossas razões e princípios para existir, e ir e ir contra a leviandade existencial de "viver simplesmente por viver". Acredito que em tudo reside um propósito, mas que devemos sempre buscá-lo, e não deixá-lo sempre implícito, subjacente, na sombra de todos os nossos atos e ações. 

Será o sentido da vida um abismo insondável?

Vosso Humilde Blogueiro

segunda-feira, 13 de junho de 2011

♥ Em homenagem à um dos piores dias do calendário humano...

...o inglório e tão superestimado ♥ Dia dos Namorados  
Ei-lo, límpido, nostálgico, perpétuo, felizmente passado e fodidamente tosco dia dedicado aos lampejos sentimentais e instintivos dos seres humanos cuja efemeridade é hipocritamente velada. Com toda minha cínica sinceridade, meu(s) querido(s) leitor(es), Vosso Humilde Blogueiro passara este dia prenunciadamente medíocre como vocês inteligentemente devem supor: no anonimato e na confortável profundeza do silêncio. O que me difere de muitos deste dia é que eu, não-extraordinariamente, não em acorrentei aos devaneios inerentes ao simbolismo deste dia. Ademais, minha breve abstinência emocional, concentrada nos confins do "Dia dos Namorados", não permitiu-me ter fodásticas eclosões de fértil criatividade, críticas pungentes e ácidas, comentários avacalhadores e simultaneamente cultos, e, acima de tudo, uma maneira racional e pouco revoltada de questionar as razões que motivam uns infelizes de sequer pronunciar o nome deste dia -- que ao meu ver não se difere dos outros, exceto por questões comerciais.

A utopia de um otaku.
Um dia como qualquer outro, um pretexto para casaizinhos se portarem como os babacões que realmente são; um dia cujo propósito abstrato foi escancaradamente comercializado e sua noção superficialmente estampada em cartõezinhos proclamando um "Eu te amo" generalizado. 

Acho que, à parte meu bloqueio criativo, uma das razões que me inibiram de postar algo sobre este dia, no DIA de fato, foi meu desdém para com ele. Não importa o quão escroto eu venha ser, cegos são aqueles que têm alguma consideração por esta ocasião. Uma ocasião que indubitavelmente, regada de hipocrisia, mascara nossos instintos animalescos com termos corporativos como "amor" e outras justificativas pseudocientíficas e sem embasamento filosófico que tentam sustentar o insustentável: o afeto puro e verdadeiro entre dois indivíduos, sem ações e influências sociais, sem questões burguês-capitalistas e tampouco que não sejam meramente instintivas e efêmeras.

Seguindo à rigor os critérios acima, fica claro para qualquer um que o amor não existe e namoradinhas só existem para os namoradinhos comerem-as na casa dos pais quando os mesmos estiverem fora. Há quem diga que o sentimento que muitos nomeiam "amor", e sobredouram-no com uma série inumerável de características celestiais, puras e oníricas, todas elas, é claro, "inefáveis", deixando de lado o fator carnal, dura apenas cerca de 18 meses (tempo suficiente para a reprodução e consequente garantia da perpetuação da espécie. Isto é, nossos sentimentos são todos eles reflexos de nossos instintos e, para Freud e muitos outros, a renúncia dos mesmos acarreta o fluxo de conhecimento de um ou mais indivíduos. Em síntese, nossa mundana noção de amor nada mais é do que uma forma de velar nossa suscetibilidade com relação aos instintos e a prosopopéia de nossa ignorância.

Vosso Humilde Blogueiro

segunda-feira, 30 de maio de 2011

40 anos de "A Clockwork Orange"/"Laranja Mecânica"

Saudações, droogs. Pessoalmente recordei de um filme que marcou minha vida como cinéfilo, inspirado num livro que, particularmente, também me marcou pra caramba. A Clockwork Orange (USA) ou apenas Laranja Mecânica (BR), de 1971, é o tipo de filme que qualquer jovem intelectual revoltado com alguns aspectos de uma vida mundana que beira a mediocridade curte. A história (btw, parei de usar o termo "estória" desde que Millôr desqualificou-o) é inspirada no livro homônimo de Anthony Burgess, que, diga-se de passagem, já escreveu  livros melhores; mas o filme, autoria de Stanley Kubrick, talvez o maior cineasta de todos os tempos e atuação impecável do protagonista e fodão Malcolm McDowell. O filme é uma obra-de-arte, sem avacalhação nesse vocábulo. 

Enfim, a história se passa em uma Inglaterra distópica, em um futuro que aparenta não ser tão distante, onde a cultura adolescente se deteriorou de tal maneira que os valores desapareceram e a concepção de moral passou a ser artefato exclusivo das "bichas velhas". Nessa realidade fictícia, onde gírias nadsats de ciganos e húngaras são naturais, há um foco sob uma gangue de adolescentes (ou, como chamam na obra, DROOGS) que trata a ultraviolência como algo perfeitamente conveniente e mui horroshow, com isso saem distribuindo porrada em outros caras, velhos e estuprando garotinhas. Não, o público-alvo do filme não são delinquentes psicopatas nem tampouco sádicos: mas sim gente que curte um filme teatral e artístico com umas trilhas sonoras supimpas de Ludwig van Beethoven.


Pra não ficarem me escrotiando nos comentários, acho melhor assistirem o filme antes. Vale a pena, a menos que você seja um babaca hipócrita e pseudo-moralista.


Vosso Humilde Blogueiro

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Insanidade de uma mente lúcida

Acordei certa manhã com ideias permeando meus titubeantes pensamentos; como consequência, o fio condutor deste e de muitos outros raciocínios matinais me intrigou de modo que pude fazer algo até então inédito: encon-trar a "meada do fio" (err...) destes pensamentos que eventualmente insurgem simultaneamente à eclosão do alvorecer. São pensamentos meio escrotinhos, mas essencialmente ricos, eis que advém do momento onde nossa criatividade, sob circunstâncias oníricas, desvencilha-se das correntes do moralismo, das aparências éticas, das delimitações ideológicas e de nosso senso comum de estruturar idealmente as coisas -- não há nada mais verdadeiramente puro que isto; uma atitude de lucidez, no momento que, nossa psique, em um excitante affair blasé com a insanidade (ou os ímpetos emocionais que residem em todos nós), edifica ideias fodásticas, magníficas e deslumbrantes... As quais, depois de termos recobrado a consciência, desvanecem-se após não muito tempo e submergem no injusto esquecimento, sepultando-se em nosso subconsciente.

Id, Ego e Superego.
Ah, vá.

Como Sigmund Freud diria, e muitos profissionais da área da psicanálise, vendo este objeto de estudo como algo simplístico e de fácil observação, trabalhariam-no de modo que seria definido como a morte momentânea do SUPEREGO, a hegemonia do ID e a desconstrução da realidade objetiva filtrada pelo EGO.

Id --> compreende nossos instintos, desejos e vontantes, em sua maioria inconscientes, pois nossa inteligência evita sua predominância na psique;
Ego --> equivale à balança que gera um equilíbrio de dosagens entre o Id e o Superego, tal que, com o subjetivismo da mente, constrói uma realidade objetiva e uma perspectiva individual das coisas, mantendo sempre a lucidez;
Superego --> é o órgão mental que fornece o senso de moralismo, a noção ética, a delimitação dos ímpetos e dos instintos "animalescos" que não deveriam compreender o ser humano [ressalto que é originário do dilema edipiano (Complexo de Édipo), que seria interessante de se observar à parte];

A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da civilização humana.
Sigmund Freud                                


Uma frase dessas poderiam ser proferida por um símio que tivesse noções básicas de psicanálise; mas como é "Freud", deixa quieto. Ah, diga-se de passagem, eu defendo a valorização dos instintos (sobretudo o libido), pois, acredito eu, sem ele, seríamos reles engrenagens com funções mecânicas em um complexo socio-industrial (imagine o Charlie Chaplim naquela cena de Tempos Modernos). Pronto, chega de bancar o professoral. Nhé, foda-se.

Vosso Humilde Blogueiro  

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Twitteiros e o papel sociológico da Internet

Saudações, adorável e fiel leitor. Dessa vez, nosso escritor, maestro e amigo Vosso Humilde Blogueiro discorrerá brevemente sobre um troço que surgiu há não muito tempo e que serviu pra deixar todos a par (antes mesmo da mídia em si) da morte do Michael Jackson -- e de outras tantas celebridades, sendo esse o único caso verídico. Éééé, exatamente do twitter que falo.

Desde o primórdio de seu surgimento -- para os leigos, era utilizada apenas pelo pentágono --, a Internet, ao passo que foi-se globalizando, entrou em um processo de expansão de entretenimento; sim, isso é óbvio. Com efeito, a internet passou a ser utilizada como via de praxe midiática; isto é, veiculava notícias mais aprofundadas, de imediatismo e não do modo maniqueísta do qual a Globo o faz. Até aí, beleza. Mas a coisa começou a piorar quando a Internet passou a desempenhar um papel na existência dos indivíduos.

A idealização e comercialização de jogos onde o indivíduo vive, sob circunstâncias imaginárias, uma existência arquitedada propriamente para ser, digamos, mais interessante que a vida terrena do mesmo -- tomo como exemplo Ragnarök. Para a indústria dos jogos virtuais (assim passou a ser denominada) ficou escancarado que a massa frequentadora assídua destas realidades distintas alicerçadas pela net que, além de não terem orgulho próprio, preferiam muito mais viver num mundo, embora capitalista, onde todos podiam ser "alguém"; no entanto, a verdadeira razão que motivou os empresários a criarem estes jogos foi a clareza com qual expressava-se o desgosto do público-alvo dos mesmos para com suas insípidas e toscas vidas.
Surge aí o Second Life, um marco para os parasitas da net.

De vício para virtude, cria-se a virtude do uso a uma realidade utópica, irreal, porém, segmento de nossa existência. A Internet passa a ser um dos muitos outros órgãos essenciais àquilo que Rousseau e Freud definiram como "o ser social" -- diz-se por ser humano. A vontade irrefreável de possuir relações sociais se agravara de tal maneira que a Sociologia Contemporânea se recusa a estudá-la, por consistir numa nítida deficiência do ser em ser, tal como nascera, um INDIVÍDUO; ser esse isolado, solitário que não depende do coletivo para sua subsistência física e psicológica. Nascemos com uma natureza inata, isso é fato, mas temos o instinto inerente a nosso ser; ou seja, fundou-se uma profunda carência no ser humano, que são as relações sociais -- seja quais forem -- como factóide para justificar nossa incoerente existência; de modo que, caso contrário enlouquecer-vos-ei e suicidar-te-á.
Alguém no momento em que se obtém ciência de que figura em
um universo de idiotas sem propósito em seus atos e valores
Nesses tempos modernos, de fraqueza da individualidade e de uma vida absurda destituída de sentido, onde o fato de "consumir cada segundo, cada resquício da vida" é o propósito mais plausível de viver, o twitter surge como principal metáfora para essa ofuscante deficiência em nossa formação ideológica como seres humanos -- uma devida generalização, pois, ao que se vê, as exceções são aqueles que, como Vosso Humilde Blogueiro, Rodion Romanovitch, e outros tantos Lobos da Estepe, vivem de forma isolada, independente de tudo e todos, e buscam singularmente uma razão que justifique a existência terrena, a despeito de todo rebanho ordinário de humanóides. Twitteiros, que gastam suas improdutivas tardes na net, conversando sobre porra nenhuma no MSN, postando comentários a respeito de suas vidas, senão miseráveis, medíocres, reafirmando cada vez mais seu fracasso como pessoa e insignificância para com a humanidade; esses twitteiros, maioria incontestavelmente absoluta, são o mais triste estágio da evolução da carência sociológica humana -- pois vivem sob os pretextos ilusórios de que suas vidas escrotas são interessantes para terceiros que, por pura e singela hipocrisia, correspondem de maneira recíproca, e portam-se como tal. É um ciclo de cinismo social que evita que muitos vermes como esses twitteiros se joguem de edifícios pelo "vazio existencial".

A vida é o que é, conformem-se.

Vosso Humilde Blogueiro

domingo, 20 de março de 2011

Satisfatória mediocridade

A vida e a existência são assuntos complexos demais; muitos deles, até serem entendidos, levam tempo para adquirir conhecimento necessário. Porém, pra que desperdiçar tempo ao tentar entender a vida quando podemos simplesmente vivê-la desregradamente, em um mar de trivialidades e banalidades? Uma vida fútil, destituída de propósitos, finalidades e consequências; uma vida da qual injustificadamente orgulhamo-nos, mas cuja história jamais será relevante a ponto de configurar as páginas de uma biografia. 
10 minutos empreendidos
em algo sem evitende
relevância.

Ultimamente venho desenvolvendo um interesse que transpõe a vaga repulsa, no que concerne às pessoas ordinárias (que constantemente observamos em nosso contidiano) e sua relação harmônica para com as futilidades que nutrem seu sentido de existência. Acho que não podemos entender a vida como um objeto singular, morfológico; e sim como a essência dos ideais de cada um, de modo que as pessoas, das ordinárias às "diferentes", lapidem-as da maneira que entenderem. Dou a entender, a grosso modo, que não há um modelo único de vida, e nem todas precisam ter um propósito predeterminado; a vida pode simplesmente ser exaurida, consumida até a última gota, de modo lancinantemente fútil e ordinariamente banal.

Não há o que se contestar, quero dizer.

A triste realidade humana
Veja só; escrevo hoje isto aqui, certa feita, por volta do meio-dia, pois nada realmente significante tenho a fazer. E que compreendo, como pessoa que se julga diferente (narcisismo à parte), e até extraordinária (não-ordinária, para melhor entenderem a acepção), que não podemos maquiar nossos atos eternamente com o pretexto idealístico da originalidade, do sentido e do empreendimento adequado de nosso valioso tempo. Sei que poucos irão ler a totalidade deste texto, e que o escrevo mais como exteriorização de pensamentos do que qualquer outra coisa; mesmo assim, escrevo-o, como prova vital este blog - recanto de lixo e falácias filosóficas -, que na essência, tudo é fútil.A própria vida admite essa generalização, e ser algum, seja extraordinário ou apenas outro da "massa reprodutora", não tem moral para julgar as futilidades dos outros, sem ao menos pautar o julgamento em seus próprios atos, pensamentos e ideais.

Em síntese, somos, por natureza, medíocres; e apenas usamos de subterfúgios para escondê-la.


Vosso Humilde Blogueiro

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Universo Capricho

O melhor exemplo de revista Capricho que
pude encontrar. 
Como eu havia prometido há não muito tempo, eu havia ficado de fazer um post exclusivamente dedicado à detonagem da revista Capricho; entretanto esse princípio idealístico de pensamento levou meu raciocínio a abranger noutras áreas. 

Navegando inocentemente nas vielas da NET, por intermédio de nosso miguxo Google,  caí numa página - acidentalmente, diga-se de passagem - que anunciava "Descubra aqui seu novo signo do Zodíaco". Isso me lembrou que bem para o início do ano me deparei com a capa de uma revista VEJA (a qual, por sinal, nunca mais havia lido) cujo título estampava a mesma premissa para com o Horóscopo. 

Issaê, adoráveis leitores, os signos mudara e, mesmo eu não dando a mínima pra isso - haja vista que não fará significativas mudanças em meu modo de viver e fatores existenciais do gênero - resolvi fazer um destes testes que não poucas vezes aparecem sencionalísticamente na popular revista Capricho; e foi precisamente para um teste pautado nos critérios dos editores dessa revista fodidamente ruim que me baseei para saber que não mais sou Touro e, a partir do dia que oficializaram o novo signo do Zodíaco, sim, Áries. 
Indubitavelmente isso fará uma diferença do caralho no meu cotidiano.

O que realmente me impressionou nessa breve observação foi a forma com qual o assunto repercutiu. A Astrologia, vale ressaltar, academicamente caiu em desuso; mas as pessoas supervalorizam-a. Tomando a revista Capricho como exemplo, a sociedade contemporânea (tô de saco cheio de usar esses termos técnicos de dissertação, mas vai) que segue uma espécie de VERTENTE FILOSÓFICA CAPRICHO. Dando valor a conceitos e informações inatas ao conhecimento, formando uma concepção nacional e relativamente universal de futilidades from Capricho.

Aliás, é bem mais prático e benéfico ler uma revista que suas miguxas leem - saca a analogia -, que lhe auxilia a fazer parte dos grupinhos, tribos e círculos sociais íntimos do que ler grandes obras literárias que requerem meticulosidade, grande capacidade de percepção e equivalente compreensão - e que no fim só vão te tornar em um adolescente com sequelas de sociopatia e bipolaridade.

Que beleza...
É tudo uma questão de valores etários e culturais de época; em toda América o povo louva e promove as futilidades que retardam e retém o avanço intelectual de nações - criando um meio de inclusão social básico, onde ser babaca, semi-retardado e potencialmente idiota é a forma mais convencional de integrar grupos majoritários destes âmbitos sociais. Como eu já falara e torno a falar: é mais prático, feliz e saudável ser apenas mais um em uma monolítica, idêntica e homogênea multidão do que ser um cara distinto que ruma por caminhos diferentes - e hoje eu bem que tou manjando as prosopopéias e as metáforas, ha-ha.


Vosso Humilde Blogueiro

 P.S.: Escrevi metade dessa postagem escutando  Avenged Sevenfold - "Bat Country", portanto, seja compreensível se algumas passagens da mesma estejam escrotinhas ou incoerentes; considere a disposição que tive em postá-la às 9:00 de uma sexta. Valeuzinho.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Eu não uso MSN" - Dilemas da Adolescência

Recentemente me questionei sobre o uso ou não do MSN. De certo modo, eu poderia falar com muita gente de um passado não tão distante se optasse a continuar usando essa fonte de futilidades que são as conversas do MSN.

Nunca vi necessidade de perder meu tempo nada valioso com diálogos mundanos, banais e irrelevantes; acima de tudo, com gente que eu poderia falar tranquilamente na vida real. É, meus fodásticos leitores. O tempo passou e eu precisava optar por uma vida comum de adolescente (passando as tardes no MSN conversando sobre porra nenhuma) ou me enclausurar,  da maneira mais antissocial concebível, nos confins de minha residência e buscar nos livros refúgio para o tédio que com o tempo passou a se proliferar.

Como já era de se esperar, meus princípios reinaram. Entrementes sempre há o instinto adolescente prevalecendo, e, por vezes, perante nossa natureza, não há nada que possamos fazer. 

Pude finalmente dizer que me desvinculei dessa realidade virtual; uma vertente paralela que eu acessava por meio do computador e virava um babaca potencialmente retardado quando conversava com outros igualmente ordinários e com nítido atraso mental. Era desconcertante a forma que isso me tranquilizava e ma fazia esquecer de questões mais essenciais da vida, como seu sentido e as razões que me levam aos meus propósitos.

São basicamente as mesmas.
Diferenciam-se por etnia e raça,
mas no âmago são idênticas.
(salvas exceções)
Eis que, permeando a edição dessa postagem, um pensamento irrompe todo meu fio condutor de raciocínio e me faz refletir breviamente: "Caralho... eu tô parecendo aquela cambada de paty adoradoras de revista Capricho que ficam escrevendo sobre seus sentimentos e cotidiano em diários...". 

É, meus irmãozinhos (diz-se por leitores que vazaram aqui)... Talvez eu esteja ficando velho e mais sentimentalista. Porém, felizmente, isso não me faz querer lascivamente usar do MSN e ficar "em meio a multidão" - pra quem não sacou a metonímia, quer dizer me igualar, em níveis gerais, aos ordinários que tanto ocupam meu cotidiano.

Pessoas às vezes parecem todas iguais; sem nenhum resquício de significância. Não há nada, sob quaisquer aspectos delas, que me faça desenvolver qualquer tipo de interesse, seja qual for. Quero dizer, são adolescentes, e hei de perdoar, pois essa é uma fase onde vivemos de maneira desregrada e despreocupada e usufruimos simpaticamente das trivialidades e futilidades que a vida nos oferece de bandeja.


Vosso Humilde Blogueiro, um andarilho virtual sem-propósitos


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Às pressas, i'm alive!

Para ambivalente alegrias e tristezas de muitos, este blog ainda coexiste na infinidade dos domínios de nossa querida e amável Internet. Não obstante este ser um ano seja profundamente difícil manter atividades fúteis e toscas neste blog (academicamente falando, claro), pretendo mantê-lo ativo pelo menos até o fim deste ano.


Ultimamente não tenho levado em em conta o apreço e a consideração das pessoinhas que vêm até este blog fofo ver as merdinhas que Vosso Humilde Blogueiro posta em momentos de diarréia mental; no entanto, uma vida não muito intensa, banal piegas e apesar de tudo deveras interessante, me faz desvincular quase que por completo da NET. E como isso é bem chatinho, tenho de vir aqui dar uns ups básicos no blog e em outras fuleragens que faço na nossa querida NET - eis aqui o porquê desta mensagem. Não é um último suspiro, tampouco um final digno; mas apenas uma mensagem feita às pressas que revigora o blog. Sim, estou vivo; e o blog também.


Vosso Humilde Blogueiro

sábado, 1 de janeiro de 2011

Existencialismo para ignorantes

A vida não é algo simples, cujo significado podemos facilmente obter. No prelúdio de um ano novo, insurgem novas esperanças, novas promessas, novas perspectivas e a ingênua crença em reeditar um plano de vida até então utópico. 

Perante esse festival de inocência e infantilidade - que as pessoas fazem questão de impor como cultura -, a existência, o âmago de tudo em nossa volta, que precede e governa a essência das coisas e da vida, é deixada de lado. E eu nem preciso frisar nisso para você, respeitável leitor, tenha conhecimento de que Vosso Humilde Blogueiro fica nitidamente puto com esse tipo de leviandade.

Aos leigos (ou ignorantes, como defini no título desta postagem) - os quais imparcialmente imagino que sejam maioria absoluta, senão 100%, dos leitores deste adorável bloguinho -, explico o Existencialismo; é basicamente uma vertente filosófica que se concentra na literatura do século XX, tendo como mais renomados precursores Dostoiévski, Nietzsche e Jean-Paul Sartre (by the way, conheço o último meramente por pessoa, já que nunca pude ler um de seus livros, apesar de estarem à disposição em minha humilde biblioteca particular). 
Também, adoráveis e fofos leigos, que nos dão suporte a colocar em prática nossa superioridade de conhecimento ante sua ignorância condicional, dedico-vos o vídeo abaixo. \/


O vídeo acima se trata de um episódio de um desenho animado (stop-motion, no caso) infantil, que foi banido em toda Europa e jamais lançado no Brasil. Bem, ... pra dizer o porquê do banimento, basta você assisti-lo; seu conteúdo é precisamente maniqueísta, mas as crianças geralmente são educadas a seguir o cristianismo desde cedo. Por que, então, não ensinar o que esse vídeo expõe ou tenta expor? 

Não há nada subliminar; nem algo nonsense suficientemente pra te fazer ter pesadelos. É só um vídeo que introduz de maneira simples algumas concepções íntimas de existência. No contexto do mesmo, a existência é toda ela uma ilusão; a vida das pessoas é insignificante, e o único interesse em preservá-las seria a observação de sua natureza, costumes, virtudes e crenças patéticas. Seguindo o raciocínio do vídeo, você pode nem estar lendo este artigo; pode ser um sonho. Mas a verdade é que TODA realidade pode vir a ser algo como um sonho; um produto de nosso imaginário. Ou talvez fôssemos algo como personagens de uma versão realística do The Sims, onde acreditamos piamente que existe livre-arbítrio e individualidade, quando somos regidos por uma, ou várias, entidades sobrenaturais que forjam nosso ilusório destino.

Você de curtição com seu amigo canino - nunca teremos consciência
de que estamos sendo controlados; e os mesmos bonecos de The Sims 
podem questionar nossa existência, assim como questionamos divindades
E, aliás, não se pode deixar de ressaltar questões que o mesmo desenho levanta: a natureza desprezível do ser; as crenças tolas nas representações divinas (vide monarquia); os conflitos étnicos embasado no conceito da superioridade racial; a mortalidade; o discernimento entre certo e errado; a fragilidade da vida; e o inefável conceito filosófico de que talvez toda existência e realidade sejam moldadas pelo nosso imaginário.

The Adventures of Mark Twain, baseado na obra do escritor homônimo Mark Twain.
Estúdio: Will Vinton Studios
Distribuído por: Clubhouse Pictures (Theatrichal) / Metro-Goldwyn-Mayer (DVD)
Data de lançamento: Março de 1985
País: EUA
Vosso Humilde Blogueiro