Princípio do idiotismo

Admirável Sociedade
Contemporânea...
Um princípio físico-teórico acerca da Ordem Social então vigente.


A maioria dos zés que acessam esse blog fófix já deve ter lido ou ouvido falar do livro Do Contrato Social, de Jean-Jaques Rousseau. Em síntese, o livro discorre sobre algo que é bem simples nos tempos de hoje, mas ainda é meio opaco para alguns: a sociedade sendo regida por uma série de "contratos" sociais - tudo isto em prol do equilíbrio, da justiça e da ordem social. Para tal existe a tridivisão do poder, estabelecida por Montesquieu na França pós-revolucionária, que segmenta igualmente a administração do Estado em três partes: os setores Legislativo, Judiciário e Executivo. Entretanto, esse é um sistema suscetível à corrupção, por exemplo: o Nazismo surgiu na Alemanha quando o Senado foi dominado majoritariamente por partidários do Partido Nazista (alguns nem tão fanáticos a seus princípios, mas representando apoio político). Isso corrompeu os outros setores - Legislativo e Judiciário - de modo que fora imposta a Lei Marcial arbitrária de Hitler.

A verdade é que mesmo com todo esclarecimento que haja no governo dos Estados, sempre haverá margem para o inesperado, para a corrupção e para o caos. A dita "Ordem" Social não passa de um eufemismo para uma "Ordem Caótica" ou um "Caos Social". Há um fator - na verdade, uma característica da natureza humana - que por vezes instaura-se de súbito e se apossa de nosso Ser, de modo que deturpa toda nosso senso racional. Este singelo fator chama-se IDIOTISMO.

Idiota do séc. XIX
Nenhum idiota deseja provar alguma coisa; ele [o idiota] apóia-se na ética e no moralismo para justificar seus atos e princípios, mas não pensamentos - pois estes independem dele, sendo propriedade do idiotismo "esclarecido". O vício, a obsessão e o maneirismo são, para o idiota, matéria de sua arte. Quando o ideal do idiota toma forma e métrica, e as pessoas ao redor do ato entram em desacordo, o idiota entra em acordo consigo mesmo, pois este fizera o CAOS. 

A "ordem caótica" é o deleite do idiota. É significativamente uma missão cumprida, uma realização pessoal; contudo, a ambição é a ferramenta com qual o idiota conquista seu objetivo. O idiotismo corrompe a razão metodológica, tal que ela se abstém de sua característica sensatez; criando assim um anseio irrefreável, um desejo incessante ao idiota que lhe provê uma habilidade descomunal de teimosia/obstinação a conseguir o que ele quer, por mais supérfluo e frívolo que seja.