sábado, 17 de outubro de 2009

A Nova Proposição Subsistencial da Disney





Em uma leitura periódica do jornal da sessão Economia, vejo em destaque a notícia de a Disney, empresa institucional, comprou a totalidade da Marvel – sim, aquela emprega os roteiristas e desenhistas das versões de outrora e contemporâneas de super-heróis, revolucionária por conjecturar, mediante os conhecimentos físico-científicos, universos de realidade alternativa – por um valor estimado em torno de R$ 15 bilhões. A negociação e o valor são só o fator originário desta minha observação; a questão racional da controvérsia é o fato de a Disney ter abandonado a proposição do seu rótulo consensual: a empresa educacional mistificada pela ótica surreal infantil e que subpõe a questão lucrativa.
Apesar de eu particularmente contemplar a Disney, em termos predicativos, como via retardatária ao aspecto cognoscível das crianças – por afastá-las da realidade por um longo período da vida -, considerava-a com um intuito subsistencial nobre; instruir um ser no período de substrato e vulnerável a pedagogias, não de maneira acadêmica, mas sim, ética, moral, objetiva e padrão. Neste ínterim, a Disney revogou mediante as entrelinhas sua respeitável e condizente proposição: a educação.

O Capitalismo; aquele modelo econômico que se firmara como padrão no fim da Guerra Fria, tendo como representante os EUA, cuja economia, influência política e imperialismo são aspectos invejados por outros países – estes, por sua vez, adotam o capitalismo com uma pré-idealização: a prosperidade de sua nação. No entanto, o mesmo não supre a perspectiva, sendo contraproducente a sociedade desta nação.
Por ser benéfico-elitista, este sistema é, no mais das vezes, contestado pelo proletário, ativistas e altruístas. Afora seu denotado desdém a humanidade em prol do lucro de sua própria empresa. A principal razão de sua subsistência em vários países contemporaneamente é a inaplicação dos sistemas socialistas – estes, por terem proposta igualitária, vêem-se obrigados a segmentar e distribuir as aquisições do Estado imparcialmente sem intervenção alguma do parlamento e o setor executivo – responsável pela distribuição -; isto sendo, no mais, utópico. Decorrente da corrupção que assola TODAS as nações – no caso, já se trata de outro contexto que, também, subsidia a existência do Capitalismo.
É cada vez mais gritante a adoção da Disney a este paradigma-sistemático-econômico. A mesma vem interpondo os princípios aquisitivo-monetários em sua filosofia subsistencial. Desmistificando aquela conotação estampada na capa de revistas acerca da Disney, fazendo menção as suas proposições nobres, moralistas, educacionais e politicamente corretas. Hoje, vemos uma fria e calculista empresa de invejável poder aquisitivo, plutocrática e priorizando as questões lucrativas a manutenção de seu rótulo – este, muito provavelmente, tendo sua manutenção efetuada pela mídia pressupostamente subornada para unificar suas críticas a apologia e vangloriando as causas da Disney (sendo desconsiderada como empresa, no contexto) – fazendo, assim, uma consciente correspondência à premissa que milhões de pessoas têm aludido à mesma. Devaneios, surrealismo, instrução e, sobretudo, sub-colocando questões lucrativas e correlativas às ações.

Busingness, pragmatismo e, sobretudo, aquisições monetárias para elevar o valor das ações. Este é o novo paradigma adjetivo da Disney, empresa que, desde o início do século, passou a convergir seus propósitos ao empreendedorismo meramente lucrativo. Para a mídia global, tal empresa continua sem-fins lucrativos e com uma conotação nobilíssima no cenário mundial. Os padrões foram repensados, e não é de hoje esta nitidez, pois incontáveis indícios já davam esta designação.
Não obstante ser não-condizente com aos precedentes e a premissa, a Disney e seus empresários de inquestionável criatividade formularam sensações-arquétipo. Pode ter uma fonética mefistofélica, mas, como o agente é aquela empresa cuja reputação não permite contraposição, tal especulação é refutada de imediato; sem ser inferida, tampouco alvo de debate. Não é impressão, não é talento, não é uma metodologia pedagógica, e sim, uma apelação arquitetada magistralmente pelos pensadores visionários sob contrato milionário da Disney. High School Musical, Hannah Montana, Canal Teen, Jonas Brothers, estas novas sensações globais não parecem paradigmáticas(interrogação) Sim, pois são. Arquétipos perfeitos no qual o público-alvo (atingido, para constar) introduz-se liminarmente como os adolescentes e antecessores a esta faixa etária. Não há vestígio de manipulação. O aspecto que acarreta discussão é a insipidez e a conotação de deja vu destas metódicas de busingness padronizadas ao máximo – uma banda adolescente que extirpa segmentos de clássicos de rock e interpõe em suas composições, faz filmes alicerçados em si e turnês pelo mundo; um musical sem inovações, estereotipado no banal e que teve uma trilogia em função da bilheteria recorde; e uma cantora-arquétipo símile a uma Avril Lavigne politicamente correta que faz turnês e comercializa CDs e DVDs, idem. Todas estas banalidades eficazes, padronizadas, insossas e sem repercussão negativa na mídia têm um entrelaço que dá margem a este axioma: são de totalidade acionista e com os direitos de imagem e federativos vinculados a Disney.
Tal como eu me aludi, a Disney tornou-se uma empresa unificada ao lucro e à manutenção de seu proeminente rótulo – nos bastidores, negociações, premeditação, criação de estereótipos homogêneos e procedência a sua subsistência, muito provavelmente, próspera.
Questões como o porquê de a Disney manter em elisão seus propósitos é solúvel factualmente. A subserviência da empresa a contraproducente exploração midiático-sensacional destes arquétipos homogêneos, robotizados pela mesma. Esta revolução interior na Disney “pós-walt” poderá ainda dar o que falar. Resta saber até onde irá se subsidiar este rótulo ilusório da empresa, e até quando a massa ficará sustentando esta prática que menospreza a própria raça humana e a íntegra da sociedade – como um universo capitalista onde a moeda e a persuasão subjugam a massa de forma patética.

Um comentário:

,Daviid disse...

Incompreendido, estigmatizado e sozinho!