domingo, 5 de setembro de 2010

A Força da Individualidade


Antes de mais nada, esse não é aquele típico-comentário-de-autoajuda com quê de Augusto Cury. Como esse lugar anda meio parado, decidi (com minha invejável individualidade) ressaltar a força de nosso subjetivismo em meios sociais. E o efeito que isso tem quando a ideia torna-se prática, o pensamento vira o ato. Isso chama-se individualidade, ó, caro leitor desse insípido blog instaurado pelo desespero do sensacionalismo.


Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, é a mais bem perfeitamente arquitetada exemplificação da miséria que a supervalorização da sociedade pode nos causar. Sem dúvida alguma, a certa altura, os conhecimentos tecnológicos e a ciência passarão a dita como deve ser nossa natureza humana; corrompendo, assim a ordem vigente do ser.
Não devemos nos adaptar e submeter a sociedade, tal qual ela é, e sim, o contrário. As convenções sociais jamais haverão de ditar o que devemos fazer e como nos portar; pelo contrário, estaremos fadados a uma vida escrota de miséria psicológica, mesmice e limitação. 
Sob a perspectiva da filosofia nietzscheana, devemos levar uma vida autêntica, construindo os próprios valores sob os quais conduzimos nossas vidas. Aliás, a existência é algo tão complexo que me privo de resumi-la a uma mera adaptação social quase-robótica; que sintetiza nossas vidas a um teatro, que visa tão somente a aparência, o renome, a reputação e o êxito econômico e social.


Subjetivismo - o princípio da individualidade

Não encontrei bons exemplos de demonstração de individualidade pela NET que fossem minimamente interessantes pro público deste blog, portanto, peguei este vídeo que, mesmo satírico, é uma boa forma de retratar a efetividade das ações individuais em diversificados núcleos sociais (no quadro, o estadunidense).

Banda: The Lonely Island, de Saturday Night Live.


Em síntese, o clip mostra como a música pode subverter a ordem social estabelecida em distintos âmbitos; e como um padrão convencional - este, claramente frágil - pode facilmente ser rompido por uma intervenção individual. É basicamente esse factóide que dá vazão ao terrorismo em plena "Era da Democracia"  - sem fazer apologia a esta prática, mesmo sendo originária da ignorância dos governos das mais prósperas nações.

Um comentário:

Rodrigo Machado disse...

O excesso da individualidade do ser, nas palavras de Rousseau, gera egoísmo, prepotência e complexo de superioridade. Tá certo que a sociedade não precisa ser como a do "Admirável Mundo Novo" (que esmaga veementemente todo resquício de individualidade); mas deve haver uma espécie de igualdade em relação a isso. Uma democracia e não-distinções por classe social, grupos fechados e hierarquias. A felicidade de uma nação depende disso.