terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fuleragem, mazelas e ócio... A receita do insucesso.

Já faz um tempaço que eu evito nobremente não baixar o nível desse humilde blog... Mas sempre sou exaurido de ímpeto com a incessante vontade de DESCARALHAR por aqui mesmo e fazer com que esse lixeiro fique mais belezinha como outros outros adoráveis blogs que transitam alegremente pela net com o intermédio do nosso amigo Google.
Mas você, ó, respeitável leitor - um vagabundo, junkie, twitteiro de plantão, desesperado buscando material porn ou um adolescente buscando motivos pra se rebelar ainda mais com a sociedade por ainda não ter perdido a virgindade ou por ter levado um pé-na-bunda da(o) namo. Também sou consumido pela ânsia de dar fim às atividade deste blog sensacionalista, estereotipado e apelativo -- sim, é, muito provavelmente, questão de tempo até que eu chegue a postar notícias sobre a  Lady Gaga, a última do Justin Bieber e matérias da revista Capricho. 

É-se perfeitamente natural um
blogueiro mandar todos pra PQP
Isso não me impede de dar um quê de idealismo a este blog. A única diferenciação de um blog hoje em dia, e o todo de seu conteúdo, reside no fator decisivo do PROPÓSITO. Um blog pode ser uma ferramenta para o cara extravasar, descaralhar e desabafar todas as escrotices que decorrem em sua vida aparentemente tosca. Ou, ele pode ter uma tentativa digna de criticar TUDO (do colega melequento e pentelho da facul às medidas socio-políticas estadunidenses concernentes aos parlamentos europeus); depois, é a forma objetiva que você usa para tecer as críticas e direcioná-las ao que bem entender. De qualquer modo, ninguém lerá; e os poucos que se submeterem a leitura na certa não levarão a sério. 


Portanto, em razão disso, vou poupá-los de ler sobre religião, disparidades sociais, política brasileira e coisas do gênero - e espero fielmente que não caia no abismo na contradição ao afirmar isso. Ademais, depois do lance do ratinho dançarino homicida fica difícil criar uma linha de seriedade que seja um fio condutor minimamente decente pra esse blog. Bom, vou usar de todo meu ímpeto pra não entrar em decadência e postar fotos da playba antes de sair na revista ou fotos não tão excitantes assim fodásticas da Megan Fox (e você, cara que comprou o livro do filme Garota Infernal, é um poser seguidor de modinha; digo isso com toda minha falsa sinceridade, campeão).

Talvez o maior dos empecilhos seja a própria mídia social. Sim; um país o qual programas de altíssimo teor intelectual como  Zorra Total, Turma do Didi e o educativo Horário Eleitoral alcançam um invejável nível de audiência não deve ser modelo para práticas conduzidas em prol da luz da razão, da coerência e da decência. Aliás, um país onde o sistema legislativo-judiciário é tão instável que dá margem para a homofobia ser motivo de piada, o racismo ser deflagrado por baixo do pano e as já supracitadas disparidades sociais não deve servir de exemplo para nada realmente digno. (Ah, me veio em mente resguardar uns comentários de cunho político para uma futura postagem... Sem todo esse chororô rebuscado que parece mais um desabafo teenager). Ideias toscas, campanhas falaciosas, debates onde mais se ataca o argumentador do que se argumenta, opiniões escrotas, vlogs exibicionistas no YouTube... Todos órgãos regentes de um corpo social; um maquinário que funciona por meio de engrenagens corrompidas. Salvo poucas exceções - vide este singelo blog, que tenta ter um quê de diferente nesse oceano de insanidade, cagadas e fuleragem. 



Em síntese, este blog tenta ser a ÁGUA POTÁVEL em meio a resplandecente imensidão de um oceano de urina. (para os que não sacaram a analogia, a urina diz-se por escrotices e afins imersas como bosta no oceano compreendido como sociedade)





Cya, leitor!

domingo, 5 de setembro de 2010

A Força da Individualidade


Antes de mais nada, esse não é aquele típico-comentário-de-autoajuda com quê de Augusto Cury. Como esse lugar anda meio parado, decidi (com minha invejável individualidade) ressaltar a força de nosso subjetivismo em meios sociais. E o efeito que isso tem quando a ideia torna-se prática, o pensamento vira o ato. Isso chama-se individualidade, ó, caro leitor desse insípido blog instaurado pelo desespero do sensacionalismo.


Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, é a mais bem perfeitamente arquitetada exemplificação da miséria que a supervalorização da sociedade pode nos causar. Sem dúvida alguma, a certa altura, os conhecimentos tecnológicos e a ciência passarão a dita como deve ser nossa natureza humana; corrompendo, assim a ordem vigente do ser.
Não devemos nos adaptar e submeter a sociedade, tal qual ela é, e sim, o contrário. As convenções sociais jamais haverão de ditar o que devemos fazer e como nos portar; pelo contrário, estaremos fadados a uma vida escrota de miséria psicológica, mesmice e limitação. 
Sob a perspectiva da filosofia nietzscheana, devemos levar uma vida autêntica, construindo os próprios valores sob os quais conduzimos nossas vidas. Aliás, a existência é algo tão complexo que me privo de resumi-la a uma mera adaptação social quase-robótica; que sintetiza nossas vidas a um teatro, que visa tão somente a aparência, o renome, a reputação e o êxito econômico e social.


Subjetivismo - o princípio da individualidade

Não encontrei bons exemplos de demonstração de individualidade pela NET que fossem minimamente interessantes pro público deste blog, portanto, peguei este vídeo que, mesmo satírico, é uma boa forma de retratar a efetividade das ações individuais em diversificados núcleos sociais (no quadro, o estadunidense).

Banda: The Lonely Island, de Saturday Night Live.


Em síntese, o clip mostra como a música pode subverter a ordem social estabelecida em distintos âmbitos; e como um padrão convencional - este, claramente frágil - pode facilmente ser rompido por uma intervenção individual. É basicamente esse factóide que dá vazão ao terrorismo em plena "Era da Democracia"  - sem fazer apologia a esta prática, mesmo sendo originária da ignorância dos governos das mais prósperas nações.